Um estabelecimento comercial na zona histórica de Pombal
                foi assaltado pela segunda vez em pouco mais de um ano. Se aos
                dois assaltos somarmos uma tentativa frustrada em Novembro último,
                eleva-se para três as ocorrências ali registadas
                nos últimos treze meses. Um número alarmante para
                uma casa com mais de cem anos de existência e que nunca
              havia sido alvo dos larápios até Dezembro de 2006.
              Fruto do assalto de que foi alvo e da tentativa falhada, a Ourivesaria
                Ramos adoptou novas medidas de segurança. No passado dia
                9, tal como vinha a acontecer nos últimos tempos, a porta
                de entrada do estabelecimento, sito na Rua Miguel Bombarda, encontrava-se
                fechada. Por volta das 19 horas, dois indivíduos, aparentando
                ter entre 25 e 30 anos de idade, surgiram junto da entrada e
                uma funcionária dirigiu-se à porta para a abrir.
                Foi enquanto o fazia que a porta foi empurrada com violência,
                fazendo com que a funcionária caísse para trás,
                batendo com a cabeça num expositor. Os gatunos entraram
                no estabelecimento munidos de um pé de cabra e de um martelo.
                Dirigiram-se à oficina, onde se encontrava um funcionário,
                e agrediram-no na cabeça. Pelo caminho passaram por outra
                funcionária sem se ter verificado qualquer agressão.
                Depois, em poucos segundos, partiram várias montras e
                levaram uma grande quantidade de artigos em ouro. A fuga ocorreu
                a pé, por uma travessa lateral à Rua Miguel Bombarda,
                até, tal como aconteceu em Novembro, um carro estacionado
                na rua de acesso ao parque de estacionamento subterrâneo.
                O veículo, um Ford Escort vermelho, arrancou em direcção
                ao estacionamento, passando pelas barreiras de entrada e saída
                sem grandes problemas. Na Ourivesaria Ramos, além de dois
                funcionários com ferimentos, ficaram muitos vidros partidos
                e o martelo usado pelos ladrões. Pelo que O Correio de
                Pombal conseguiu apurar, neste instrumento não terão
                sido encontradas impressões digitais uma vez que o larápio
                que o empunhava usava luvas. O carro usado neste assalto terá sido
                furtado na zona da Grande Lisboa, tal como já havia acontecido
                com o veículo usado na tentativa de assalto no ano passado.
              Os dois funcionários feridos neste assalto foram encaminhados
                para o Hospital de Pombal, tendo a funcionária seguido
                para o Centro Hospitalar de Coimbra. Felizmente os ferimentos
                não foram graves e a funcionária teve alta no próprio
                dia, já tendo reatado o serviço. Isabel Fonseca,
                filha dos proprietários da Ourivesaria Ramos, não
                se encontrava no estabelecimento durante o assalto. Contudo,
                partilha da opinião de que os assaltantes terão
                sido os mesmos que tentaram roubar a loja em Novembro. O método
                usado e a própria fuga parecem ser mais do que simples
                coincidência. Isabel Fonseca lamenta que a Câmara,
                após o que aconteceu há dois meses, não
                tenha colocado dispositivos de segurança mais fortes no
                parque de estacionamento, optando de novo pela estrutura em alumínio
                que já se viu não ser impeditiva para a passagem
                dos carros. Segundo a PSP de Pombal, já foram tomadas
                medidas de reforço da segurança na zona histórica
                da cidade de forma a acautelar situações idênticas
                que possam ocorrer, apesar destas medidas não poderem
                ser divulgadas.
                
              
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