Na última reunião da Câmara Municipal de
                Pombal, foi aprovada por unanimidade a proposta do executivo
                que fixa a taxa máxima do Imposto Municipal sobre Imóveis
                (IMI) em 0,7 por cento para os prédios urbanos não
                avaliados e, para os avaliados, uma taxa no valor de 0,375 por
                cento. Uma diminuição de 0,05 por cento em relação
                ao ano passado. No que toca à Derrama, a autarquia quer
                manter a mesma taxa, de 1,5 por cento sobre a matéria
                colectável apurada nas empresas com uma facturação
                superior a 150 mil euros anuais. As propostas serão votadas
                em Assembleia Municipal, agendada para amanhã, sexta-feira.
                Contudo, a autarquia de Pombal fez as contas e, mesmo antes do
                término de 2008, já prevê uma quebra da receita
                dos impostos em 2009. É que a proposta a ser votada amanhã augura
                uma redução de 1,7 milhões de euros em relação
                ao ano corrente. A previsível descida da receita vem juntar-se à “expressiva
                variação da receita” que será registada
                no final de 2008, de menos 1,3 milhões de euros. 
                Tanto neste ano como no próximo, os serviços financeiros
                da autarquia atribuem a quebra de receita à limitação
                imposta pelo Estado relativa à percentagem a cobrar através
                do IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis, menos vendas
                de casas e portanto menos Imposto sobre a Transacção
                de Imóveis (IMT) e o “quadro conjuntural que condicionará negativamente,
                quer o rendimento das empresas e com isso a Derrama, quer o rendimento
                das famílias e com ele a participação no
                IRS”. As estatísticas dos últimos anos apontam
                para uma cobrança de impostos em Pombal de 6,23 milhões
                de euros em 2006; 7,77 milhões em 2007 e 6,45 milhões
                euros neste ano (verba estimada). 
                De ressaltar que, nessa última reunião, Narciso
                mota revelou que a capacidade de endividamento do Município
                de Pombal cifra-se em 14,7 por cento do máximo legal fixado
                pelo Ministério das Finanças. O dinheiro dos empréstimos
                não ultrapassa os 3,5 milhões de euros de um total
                de 26,2 milhões possíveis. Esta câmara é uma
                das 50 menos endividadas do país, “com base numa
                gestão criteriosa”, congratulou-se o autarca. Nesta
                perspectiva, o edil foi desde logo adiantando que, até final
                do ano, “temos de contratar um empréstimo para fazer
                face às obras que temos para lançar”.