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Personalidades

 

O Marquês de Pombal - Sebastião José de Carvalho e Melo 1699-1782

Gualdim Pais 1118-1195

Conde de Castelo Melhor - Luís de Vasconcelos e Sousa 1636-1720






Lista dos Marqueses de Pombal


1º Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782)
1º Henrique José de Carvalho e Melo (1742-1812)
3º José Francisco Xavier Maria de Carvalho Melo e Daum (1753-1821)
4º Sebastião José de Carvalho Melo e Daum (1785-1834)
5º Manuel José de Carvalho Melo e Daun de Albuquerque Sousa e Lorena (1821-1886)
6º António de Carvalho Melo e Daun de Albuquerque e Lorena (1850-1911)
7º Manuel José de Carvalho e Daun de Albuquerque e Lorena (1875-depois de 1907)
8º Sebastião José de Carvalho Daum e Lorena (1903-depois de 1930)
9º Manuel Sebastião de Almeida de Carvalho Daun e Lorena (n. 1930)

Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782)

O Marquês de Pombal

Considerada uma das figuras mais polémicas e controversas da história portuguesa, Sebastião José de Carvalho e Mello nasceu em Lisboa a 13 de Maio de 1699. Descendente de uma família nobre, era filho de Manuel de Carvalho e Ataíde e de D. Teresa Luísa de Mendonça. Seu pai, que fora capitão-tenente de Mar e Guerra, serviu no exercito e foi sargento - mor de regimento de cavalaria da corte. Lutas de interesses no seio da família levaram-no a sair de Lisboa para a zona de Coimbra, tendo-se instalado em Soure.

Déspota iluminado, foi considerado um dos maiores estadistas portugueses, que marcou o século XVIII e o absolutismo régio, tendo elevado Portugal no contexto Mundial, através de uma política de concentração de poder, que visava o restabelecimento da economia nacional e a resistência desta até a dependência de Inglaterra. Teve uma intervenção marcante para o Pais e sobretudo para Lisboa, apesar de até 1738, data da sua primeira indigitação para relevantes funções públicas, ter tido uma existência apagada. Nesta altura teve início a sua carreira, com a missão de enviado extraordinário a Inglaterra, de onde veio a transitar, em 1744, para a corte austríaca.
A sua ascensão política (1750-1755) e auge da sua carreira deu-se com a subida ao trono de D. José I, de quem foi 1º ministro, facto que levantou alguns descontentamentos, sobretudo por parte da nobreza.
Durante a sua acção governativa colocou em pratica uma política reformista que contemplou a reforma das finanças, do comércio, da agricultura, e da educação/ensino.

Criou e desenvolveu uma política económica para alterar a mentalidade e as capacidades de acção do pais. Extinguiu privilégios ao clero e a nobreza e retirou poderes dispersos na sociedade centralizando-os na realeza e criou reformas no sentido iluminista. A sua principal missão baseou-se em assegurar o efectivo poder do Estado.

Defendeu uma política mercantilista e proteccionista que visava o fomento e protecção da política de incremento de manufacturas nacionais. Desenvolveu um projecto de industrialização nacional a fim de garantir a independência nacional.

Uma das suas principais reformas esteve ligada a secularização do ensino, tornando-o numa instituição secular em detrimento de uma instituição eclesiástica. Executou grandes reformas na universidade e criou algumas, bem como museus. Eliminou a teologia como matéria predominante, criou o hospital e o teatro anatómico, o dispensário farmacêutico, o jardim botânico, a faculdade de matemática, o laboratório de química, o observatório astronómico, a faculdade de direito, laboratório de ensino empírico, museu de história natural, reformulou a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, criou a Real Fábrica do Rato e a Companhia de Navegação, entre outras coisas. Contratou professores estrangeiros, em substituição de professores tradicionais que expulsou.
Uma série de maus anos agrícolas e o terramoto de Lisboa a 1 de Novembro de 1755 propiciaram a sua crescente afirmação pessoal. Face a este terramoto, Pombal foi quem melhor se soube impor aos acontecimentos, tomando medidas notáveis para diminuir as carências e dores da população e para avançar com a reconstrução da cidade, cuja edificação foi acompanhada de perto pelo estadista. Foi nesta altura que se afirmou como homem providencial, ao lado do rei tendo assumido claramente a sua liderança, ao desencadear um ataque notável aos seus opositores políticos e mostrando-se decidido a implementar um movimento de reorganização do aparelho de Estado, reforçando os poderes deste e régios.

Em 1758, aquando o atentado de D. José (possivelmente por parte da família dos Távoras, com a cumplicidade da Companhia de Jesus), Pombal ficou junto dele defendendo a severa condenação dos conspiradores e culpados, facto que o ligou para sempre ao processo dos Távoras. Foi titulado Conde de Oeiras em 1759 e Marquês de Pombal em 1769 / 70.

Alguns autores defendem a existência de três fases principais na vida deste estadista. Uma primeira fase, anterior a 1750, marcada pela experiência diplomática, que o levou como embaixador do Rei as cortes britânica (1738 - 1743) e austríaca (1745 -1749). Uma segunda fase, correspondente a subida de D. José I (1750) ao poder e a nomeação do Marquês de Pombal como Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra e, por ultimo, uma terceira fase, após a morte do Rei (Março de 1777), altura em que se exila em Pombal sendo alvo de uma feroz ofensiva política, movida pelos seus inimigos, novos dirigentes.

Sebastião José de Carvalho e Mello, amado por uns, odiado por outros foi, sem duvida, um verdadeiro estadista, inteligente, com perspicácia política e extraordinária capacidade de trabalho, o que esta bem demonstrado pelo volume de cartas, ofícios, pareceres e decisões que produzia e tomava, das quais hoje apresentamos alguns exemplos no Museu Marquês de Pombal.

…e a terra de Pombal

Relativamente a sua ligação a Pombal, tudo leva a crer que tenha surgido quando, em 1724, abandona o lar matérno na Rua Formosa em Lisboa, para vir para os "campos do Mondego". A tradição que nos indica o nascimento de Carvalho e Mello no termo de Soure ou numa quinta próxima do concelho de Pombal parece-nos ultrapassada, sendo vários os estudos que parecem não deixar duvidas relativamente ao seu nascimento em Lisboa, a 13 de Maio de 1699, assim como ao seu baptismo a 6 de Junho nesta mesma cidade, na freguesia das Mercês. Segundo vários autores, só alguns anos mais tarde, terá vindo para a região de Soure e possivelmente, para a Quinta da Gramela, localizada junto a Pombal, hipótese que nos parece ter fundamento uma vez que a Quinta pertencia ao seu tio paterno, arcipreste Paulo de Carvalho e Ataíde, de quem a acaba por herdar.

Para alem desta Quinta tinha, ainda, um elevadíssimo numero de propriedades nos arredores de Pombal, em Pelariga, Ranha, Vale, Vila Cã, Assamassa, Gelfa (Soure), bem como a Quinta de Nossa Senhora do Desterro (a sul da Gramela, em Santorum, Granja e Escoural) e a Quinta de S. Gião (a norte da Gramela, por Aldeia dos Redondos, Reis, Charneca dos Reis, Almagreira e Lagares), das quais era igualmente senhor.

A par da agricultura, o Marquês de Pombal procurou promover a indústria no Concelho, tendo em 1759, criado a Real Fábrica de Chapéus de Pombal (dirigida pelo francês Sauvage), na Quinta da Gramela, a partir de uma proposta da Junta do Comércio.

Tratava-se de uma fábrica de chapéus finos, que funcionava também como escola profissional, onde 25 aprendizes cumpriam um período obrigatório de aprendizagem de 5 anos, que culminava com um exame final que lhes possibilitava a obtenção da "carta de mestre".

Esta fábrica teve uma inegável importância, tendo atraído a Pombal pessoas oriundas de diversas partes do pais e do estrangeiro e, por outro lado, foi uma criação que evidenciou o proteccionismo mercantilista. Portugal era importador de artigos de luxo, nomeadamente de chapéus finos, sobretudo vindos de França, pelo que esta criação diminuía a nossa dependência e contribuía para a resposta a crise económica e financeira que atingira o pais por volta de 1760.

Em reconhecimento do seu desempenho, recebeu 0 titulo de 1.0 Conde de Oeiras, passando esta localidade a Vila em 1759, em retribuição dos serviços prestados, durante mais de vinte anos, recebeu o senhorio de juro e herdade da Vila de Pombal. As décadas de 1760 e 1770 correspondem ao período mais prospero da vida do Marquês, 0 que esta visível pela sua nomeação, como 1º Marquês de Pombal, em 18 de Setembro de 1769.

E como senhor de Pombal que efectua a ordenação da parte baixa da vila e em 1776 manda construir na Praça, hoje com seu nome, a cadeia, no sítio do antigo pelourinho e o celeiro e manda restaurar o seu solar na Quinta da Gramela.

Após a morte de D. José, em 1777, assistimos a morte política de Sebastião José de Carvalho e Mello que, gravemente doente, enfrenta a vingança dos seus adversários políticos. Alguns dias após a morte do Rei, parece ter pedido a D. Maria I que o isentasse das funções que desempenhava e que o autorizasse a sair para Pombal, pedido a que a Rainha respondeu favoravelmente. Isto leva a crer que Carvalho e Mello, inicialmente, veio para Pombal por vontade própria e não exilado, como se costuma pensar.

Chegado a Pombal, a 15 de Março, o Marquês, em vez de se instalar na Quinta da Gramela, fica numa casa localizada na Praça junto a Matriz, que pertencera a família Castelo Melhor. A sua recepção não foi propriamente acolhedora, contudo a população, progressivamente, foi tendo uma opinião mais favorável a seu respeito.


Foi alvo de muitas acusações e longo processo judicial, tendo em 1779 sido acusado de fraude, roubo e de abuso de poder. Entre 11 de Outubro e 15 de Janeiro foi interrogado, na sua casa em Pombal, onde se defendeu dizendo que se limitava a cumprir as ordens do Rei. Em 1781, é proferida a sentença da Rainha, tendo o Marquês sido considerado culpado das acusações, mas em função do seu estado de saúde, apenas foi condenado a sair da corte e a ficar a uma distância de vinte léguas. Julgamos ser nesta altura que o seu exílio voluntário em Pombal, passa a exílio compulsivo.

Em 8 de Maio de 1782, a sua morte coloca fim a tudo isto. Morto, os seus restos mortais permanecem na Igreja do Convento de N.ª Sr.ª do Cardal até 1856, data da transladação para a Igreja das Mercês, em Lisboa. O caixão ficou no entanto na Igreja do Cardal, de onde saiu em 1909 para a sacristia tendo, em 7 de Novembro de 1910, a Câmara Municipal de Pombal decidido incorpora-lo no seu espolio, fazendo hoje parte do acervo do Museu Marquês de Pombal.

Cidália Gaspar Lourenço Botas in Brochura do Museu O Marquês de Pombal

Considerada uma das figuras mais polémicas e controversas da história portuguesa, Sebastião José de Carvalho e Mello nasceu em Lisboa a 13 de Maio de 1699. Descendente de uma família nobre, era filho de Manuel de Carvalho e Ataíde e de D. Teresa Luísa de Mendonça. Seu pai, que fora capitão-tenente de Mar e Guerra, serviu no exercito e foi sargento - mor de regimento de cavalaria da corte. Lutas de interesses no seio da família levaram-no a sair de Lisboa para a zona de Coimbra, tendo-se instalado em Soure.

Déspota iluminado, foi considerado um dos maiores estadistas portugueses, que marcou o século XVIII e o absolutismo régio, tendo elevado Portugal no contexto Mundial, através de uma política de concentração de poder, que visava o restabelecimento da economia nacional e a resistência desta até a dependência de Inglaterra. Teve uma intervenção marcante para o Pais e sobretudo para Lisboa, apesar de até 1738, data da sua primeira indigitação para relevantes funções públicas, ter tido uma existência apagada. Nesta altura teve início a sua carreira, com a missão de enviado extraordinário a Inglaterra, de onde veio a transitar, em 1744, para a corte austríaca.
A sua ascensão política (1750-1755) e auge da sua carreira deu-se com a subida ao trono de D. José I, de quem foi 1º ministro, facto que levantou alguns descontentamentos, sobretudo por parte da nobreza.
Durante a sua acção governativa colocou em pratica uma política reformista que contemplou a reforma das finanças, do comércio, da agricultura, e da educação/ensino.

Criou e desenvolveu uma política económica para alterar a mentalidade e as capacidades de acção do pais. Extinguiu privilégios ao clero e a nobreza e retirou poderes dispersos na sociedade centralizando-os na realeza e criou reformas no sentido iluminista. A sua principal missão baseou-se em assegurar o efectivo poder do Estado.

Defendeu uma política mercantilista e proteccionista que visava o fomento e protecção da política de incremento de manufacturas nacionais. Desenvolveu um projecto de industrialização nacional a fim de garantir a independência nacional.

Uma das suas principais reformas esteve ligada a secularização do ensino, tornando-o numa instituição secular em detrimento de uma instituição eclesiástica. Executou grandes reformas na universidade e criou algumas, bem como museus. Eliminou a teologia como matéria predominante, criou o hospital e o teatro anatómico, o dispensário farmacêutico, o jardim botânico, a faculdade de matemática, o laboratório de química, o observatório astronómico, a faculdade de direito, laboratório de ensino empírico, museu de história natural, reformulou a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, criou a Real Fábrica do Rato e a Companhia de Navegação, entre outras coisas. Contratou professores estrangeiros, em substituição de professores tradicionais que expulsou.
Uma série de maus anos agrícolas e o terramoto de Lisboa a 1 de Novembro de 1755 propiciaram a sua crescente afirmação pessoal. Face a este terramoto, Pombal foi quem melhor se soube impor aos acontecimentos, tomando medidas notáveis para diminuir as carências e dores da população e para avançar com a reconstrução da cidade, cuja edificação foi acompanhada de perto pelo estadista. Foi nesta altura que se afirmou como homem providencial, ao lado do rei tendo assumido claramente a sua liderança, ao desencadear um ataque notável aos seus opositores políticos e mostrando-se decidido a implementar um movimento de reorganização do aparelho de Estado, reforçando os poderes deste e régios.

Em 1758, aquando o atentado de D. José (possivelmente por parte da família dos Távoras, com a cumplicidade da Companhia de Jesus), Pombal ficou junto dele defendendo a severa condenação dos conspiradores e culpados, facto que o ligou para sempre ao processo dos Távoras. Foi titulado Conde de Oeiras em 1759 e Marquês de Pombal em 1769 / 70.

Alguns autores defendem a existência de três fases principais na vida deste estadista. Uma primeira fase, anterior a 1750, marcada pela experiência diplomática, que o levou como embaixador do Rei as cortes britânica (1738 - 1743) e austríaca (1745 -1749). Uma segunda fase, correspondente a subida de D. José I (1750) ao poder e a nomeação do Marquês de Pombal como Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra e, por ultimo, uma terceira fase, após a morte do Rei (Março de 1777), altura em que se exila em Pombal sendo alvo de uma feroz ofensiva política, movida pelos seus inimigos, novos dirigentes.

Sebastião José de Carvalho e Mello, amado por uns, odiado por outros foi, sem duvida, um verdadeiro estadista, inteligente, com perspicácia política e extraordinária capacidade de trabalho, o que esta bem demonstrado pelo volume de cartas, ofícios, pareceres e decisões que produzia e tomava, das quais hoje apresentamos alguns exemplos no Museu Marquês de Pombal.

…e a terra de Pombal

Relativamente a sua ligação a Pombal, tudo leva a crer que tenha surgido quando, em 1724, abandona o lar matérno na Rua Formosa em Lisboa, para vir para os "campos do Mondego". A tradição que nos indica o nascimento de Carvalho e Mello no termo de Soure ou numa quinta próxima do concelho de Pombal parece-nos ultrapassada, sendo vários os estudos que parecem não deixar duvidas relativamente ao seu nascimento em Lisboa, a 13 de Maio de 1699, assim como ao seu baptismo a 6 de Junho nesta mesma cidade, na freguesia das Mercês. Segundo vários autores, só alguns anos mais tarde, terá vindo para a região de Soure e possivelmente, para a Quinta da Gramela, localizada junto a Pombal, hipótese que nos parece ter fundamento uma vez que a Quinta pertencia ao seu tio paterno, arcipreste Paulo de Carvalho e Ataíde, de quem a acaba por herdar.

Para alem desta Quinta tinha, ainda, um elevadíssimo numero de propriedades nos arredores de Pombal, em Pelariga, Ranha, Vale, Vila Cã, Assamassa, Gelfa (Soure), bem como a Quinta de Nossa Senhora do Desterro (a sul da Gramela, em Santorum, Granja e Escoural) e a Quinta de S. Gião (a norte da Gramela, por Aldeia dos Redondos, Reis, Charneca dos Reis, Almagreira e Lagares), das quais era igualmente senhor.

A par da agricultura, o Marquês de Pombal procurou promover a indústria no Concelho, tendo em 1759, criado a Real Fábrica de Chapéus de Pombal (dirigida pelo francês Sauvage), na Quinta da Gramela, a partir de uma proposta da Junta do Comércio.

Tratava-se de uma fábrica de chapéus finos, que funcionava também como escola profissional, onde 25 aprendizes cumpriam um período obrigatório de aprendizagem de 5 anos, que culminava com um exame final que lhes possibilitava a obtenção da "carta de mestre".

Esta fábrica teve uma inegável importância, tendo atraído a Pombal pessoas oriundas de diversas partes do pais e do estrangeiro e, por outro lado, foi uma criação que evidenciou o proteccionismo mercantilista. Portugal era importador de artigos de luxo, nomeadamente de chapéus finos, sobretudo vindos de França, pelo que esta criação diminuía a nossa dependência e contribuía para a resposta a crise económica e financeira que atingira o pais por volta de 1760.

Em reconhecimento do seu desempenho, recebeu 0 titulo de 1.0 Conde de Oeiras, passando esta localidade a Vila em 1759, em retribuição dos serviços prestados, durante mais de vinte anos, recebeu o senhorio de juro e herdade da Vila de Pombal. As décadas de 1760 e 1770 correspondem ao período mais prospero da vida do Marquês, 0 que esta visível pela sua nomeação, como 1º Marquês de Pombal, em 18 de Setembro de 1769.

E como senhor de Pombal que efectua a ordenação da parte baixa da vila e em 1776 manda construir na Praça, hoje com seu nome, a cadeia, no sítio do antigo pelourinho e o celeiro e manda restaurar o seu solar na Quinta da Gramela.

Após a morte de D. José, em 1777, assistimos a morte política de Sebastião José de Carvalho e Mello que, gravemente doente, enfrenta a vingança dos seus adversários políticos. Alguns dias após a morte do Rei, parece ter pedido a D. Maria I que o isentasse das funções que desempenhava e que o autorizasse a sair para Pombal, pedido a que a Rainha respondeu favoravelmente. Isto leva a crer que Carvalho e Mello, inicialmente, veio para Pombal por vontade própria e não exilado, como se costuma pensar.

Chegado a Pombal, a 15 de Março, o Marquês, em vez de se instalar na Quinta da Gramela, fica numa casa localizada na Praça junto a Matriz, que pertencera a família Castelo Melhor. A sua recepção não foi propriamente acolhedora, contudo a população, progressivamente, foi tendo uma opinião mais favorável a seu respeito.


Foi alvo de muitas acusações e longo processo judicial, tendo em 1779 sido acusado de fraude, roubo e de abuso de poder. Entre 11 de Outubro e 15 de Janeiro foi interrogado, na sua casa em Pombal, onde se defendeu dizendo que se limitava a cumprir as ordens do Rei. Em 1781, é proferida a sentença da Rainha, tendo o Marquês sido considerado culpado das acusações, mas em função do seu estado de saúde, apenas foi condenado a sair da corte e a ficar a uma distância de vinte léguas. Julgamos ser nesta altura que o seu exílio voluntário em Pombal, passa a exílio compulsivo.

Em 8 de Maio de 1782, a sua morte coloca fim a tudo isto. Morto, os seus restos mortais permanecem na Igreja do Convento de N.ª Sr.ª do Cardal até 1856, data da transladação para a Igreja das Mercês, em Lisboa. O caixão ficou no entanto na Igreja do Cardal, de onde saiu em 1909 para a sacristia tendo, em 7 de Novembro de 1910, a Câmara Municipal de Pombal decidido incorpora-lo no seu espolio, fazendo hoje parte do acervo do Museu Marquês de Pombal.

Cidália Gaspar Lourenço Botas in brochura do Museu Marquês de Pombal


Fábrica de Chapéus

Pombal foi, desde o Século XVIII, representante da indústria tradicional com a "Real Fábrica de Chapéus".
Perante a crise económica e financeira que atingiu Portugal na segunda metade do século XVIII, o governo pombalino adoptou uma política mercantilista baseada no fomento da manufactura.

Assim, em 1759, foi fundada a "Real Fábrica de Chapéus" na Quinta da Gramela, propriedade do Marquês de Pombal.

O desenvolvimento desta fábrica conduz, em 1767, à proibição da exportação de peles de coelho e de lebre e, em 1770, torna-se proibida a importação de chapéus estrangeiros.

Até esta altura, Portugal era importador de artigos de luxo, nomeadamente chapéus finos vindos de França.
Além da produção de chapéus, a Real Fábrica funcionava também como escola profissional, onde eram formados os futuros mestres.

Guilherme Fournol, muito hábil, foi o mestre francês contratado pela direcção para transmitir os segredos da sua arte, em especial, o processo de tinturaria a preto.
Várias queixas contra o mestre, que parecia querer ficar com a fábrica para a sua família, provocaram a desordem.

Perante a incapacidade da direcção em resolver o problema, esta propôs o despedimento do mestre Fournol, mas Marquês de Pombal, receando a má fama que isso poderia trazer para o governo, não o autorizou.
A prosperidade conhecida por esta fábrica, bastante lucrativa durante os primeiros anos, não pautou para sempre o seu funcionamento sendo, em 1767, anexada à Real Fábrica das Sedas.

Em 1811, antes das Invasões Francesas, a Real Fábrica de Chapéus de Pombal parou a sua actividade.

 

 

 

 

 

 

Gualdim Pais
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Gualdim Pais (1118-1195), cruzado português, Freire Templário e Cavaleiro de D. Afonso Henriques (1112-1185), foi o fundador da cidade de Tomar.

Nasceu em Amares em 1118, filho de Paio Ramires e de Gontrode Soares.

Combateu ao lado de D. Afonso Henriques contra os mouros, e foi ordenado Cavaleiro por este em 1139, no campo da Batalha de Ourique.

Partiu depois para a Palestina, onde militou durante 5 anos como Cavaleiro da Ordem dos Templários, tendo participado do cerco à cidade de Gaza.

Foi ordenado como quarto Grão-Mestre da Ordem em Portugal (1157), então sediada em Braga. Fundou, nessa capacidade, o Castelo de Tomar e o Convento de Cristo (1160), que se tornou o Quartel-General dos Templários em Portugal, dando foral à nova vila no ano de 1162.

Também fundou o Castelo de Almourol, o da Idanha, o de Ceres, o de Monsanto e o de Pombal. Deu foral a Pombal em 1174.

Cercado em 1190 em Tomar pelos Almorávidas sob o comando do Rei de Marrocos, Yusuf I, conseguiu defender o Castelo contra forças muito superiores, detendo assim a invasão do norte do Reino por esta parte.

Morreu em Tomar no ano de 1195, e encontra-se sepultado na Igreja de Santa Maria do Olival, em Tomar.

Retirado da Wikipedia"

 
 
Conde de Castelo Melhor

Luís de Vasconcelos e Sousa (1636 — 1720), 3º conde de Castelo Melhor e 6º conde da Calheta. Foi nomeado pela Rainha D. Luísa de Gusmão gentil-homem da câmara do jovem rei D. Afonso VI. Com a morte do válido do rei o italiano conti, o conde soube tornar-se confidente do monarca, afastando a influência da rainha. Conhecedora da conspiração, D. Luísa mandou-o chamar dizendo «era menester advertir que, como se desterraban los pequeños se castigarian los grandes». Não desistindo dos seus intentos, conseguiu levar D. Afonso VI para Alcântara, onde convocou todos os fidalgos participando-lhes que o rei resolvera chamar a si o governo, colocando a rainha perante um facto consumado.

Senhor do poder e tendo conseguido afastar os seus inimigos, o conde que o rei elevara às funções de escravidão da puridade, desdobrou-se em duas missões:

Assegurar a continuidade do seu governo, pelo que rodeou o infante D. Pedro de gente da sua confiança;
Reorganizar as tropas portuguesas para expulsar os espanhóis que se tinham apoderado de Évora, com grande exército comandado por João de Áustria.
Conseguindo a vitória na Guerra da Restauração, o conde de Castelo Melhor não parou, tentando arranjar apoios diplomáticos e procurando casar o rei na Casa de França, cujo rei Luís XIV era poderoso na Europa. Conseguiu casar o rei com Maria Francisca Isabel de Sabóia Casa de Sabóia, que anos mais tarde o afastará do governo com a ajuda do infante D. Pedro.

Sai de Portugal onde a rainha não o deixa regressar e instala-se em Paris por uns tempos e depois vai a Londres pedir auxílio a D. Catarina, mulher de Carlos II e irmã do regente. Por lá ficou prestando bons serviços na Corte aos monarcas ingleses.

Regressa ao Reino de Portugal só depois da morte de D. Maria Francisca, tendo-se fixado em Pombal onde era alcaide-mor e comendador. Voltou ao governo no tempo de D. João V.

 
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