Os
                  habitantes de uma moradia situada na Urbanização
                D. Inês na Charneca foram surpreendidos ao início
                da manhã de quinta-feira, por uma operação
                coordenada pela Brigada Fiscal da GNR de Coimbra (Destacamento
                da Figueira da Foz) , apoiada por elementos da GNR de Pombal,
                da Força de Intervenção da GNR de Leiria
                e dos GIPS, que participaram pela primeira vez numa acção
                deste tipo. A operação foi desencadeada na sequencia
                de um mandato de busca emanado pelo Tribunal de Santa Maria
                da Feira, pois havia fortes indícios que alguns dos moradores
                na referida habitação uma família de etnia
                cigana, estariam relacionados com a prática de contrafacção
                e usurpação. A acção de Pombal surgiu
                na sequência de outras do mesmo tipo que têm
                vindo a ser desenvolvidas na zona norte e centro do país.
                Algumas dezenas de militares estiveram envolvidos "esta
                operação que surpreendeu os residentes naquela
                zona. A GNR manteve-se no local durante grande parte manhã e
                no final, acabou por deter dois homens e uma mulher, todos familiares,
                que foram encaminhados para o Posto da GNR de Pombal. Dentro
                da habitação além de algum material contrafeito,
                os militares acabaram por encontrar também armas e droga,
                tendo sido apreendidas quatro espingardas de calibre 12,
                uma carabina HK, duas pistolas de 9mm, 222 munições
                de 9mm, 99 cartuchos para as espingardas, 18 munições
                para a carabina, uma arma branca, 318 gramas de haxixe (que dariam
                para 1590 doses individuais). 336 dvd's, 183 cd's e três
                aparelhos ilegais para descodificação de canais
                por cabo. Segundo fonte da GNR, no início da operação
                um dos homens e a mulher terão tentado desembaraçar-se
                da droga e de uma das armas atirando-as pelas traseiras da casa.
                Os detidos foram ouvidos no dia seguinte no Tribunal de Pombal,
                tendo saído em liberdade ao final do dia. Os dois homens,
                pai e filho, terão pago uma caução de seis
                mil euros cada, para aguardarem o julgamento em liberdade, enquanto
                a mulher terá que se apresentar periódicamente às
                autoridades.
                A GNR refere que esta operação "insere-se
                na política de combate a um conjunto de crimes que tem
                expressão significativa em vários sectores
                da economia paralela portuguesa, e que defraudam o Estado e as
                empresas devidamente registadas". Fonte daquela forca
                militar acrescenta que os detidos fariam parte de um grupo
                que abastecia vários vendedores de roupa contrafeita 
                que operavam em mercados e feiras da região