Foram quentes os dias de aniversário do Rancho
                    Folclórico
                e Artístico dos Antões, na Guia. Domingo e segunda-feira
                passados a colectividade festejou o seu 30º aniversário. “30
                anos de grandes êxitos, embora com alguns desgostos quando
                perdemos alguns, mas somos uma equipa unida e coesa” disse
                Carlos Mota Carvalho, presidente do Rancho.
                A casa esteve cheia nos dois dias de festa, com cerca de 450
                pessoas a marcarem presença no almoço convívio
                de domingo. “É sempre um enorme prazer receber os
                nossos amigos e quem está lá fora, pois foram elementos
                do rancho, que por motivos de força maior tiveram que
                deixar o folclore e a terra”, disse.
                Para Carlos Mota Carvalho “um grupo vive para o passado
                e para o presente, mas o futuro também nos interessa”.
                Apontando que para este ano estão idealizadas algumas
                obras na associação, nomeadamente a “construção
                de balneários para o polidesportivo e uma garagem para
                a nossa carrinha”.
                As obras vão ser realizadas pelo rancho mas “foi-nos
                hoje garantido, pelo presidente da Câmara, que vamos ter
                todo o apoio a nível de materiais de construção”.
                Citando Padre António Vieira, “ensinaram-nos a pescar,
                não nos dão peixe”, Carlos Mota Carvalho
                considerou que “as coisas não caiem do céu
                e com a nossa equipa de trabalho vamos certamente colocar levar
                para a frente estas obras”.
                Quanto à saúde do rancho “temos cerca de
                50 elementos, todos da nossa terra, a maior parte deles jovens
                e temos sempre pessoal para as actuações, portanto
                só posso dizer que a colectividade está em forma”,
                garantiu o dirigente.
                O calor não afastou o público do folclore e no
                domingo, centenas de pessoas aceitaram o convite da associação
                e assistiram ao festival. Na segunda-feira, a tendência
                manteve-se, assim como a tradição. “Durante
                a madrugada de segunda para terça-feira, temos aqui dezenas
                de pessoas, para comer o galo à cabidela”, disse.
                Já que é tradição durante a noite
                alguns elementos do grupo assaltarem capoeiras, para roubar um
                ou dois galos, e fazer o tradicional arroz de cabidela. “Depois
                convidamos os donos dos galos, sem eles saberem que estão
              a comer o que era deles”, concluiu Carlos Mota Carvalho.