A Polícia de Segurança Pública (PSP) de
                Pombal está a investigar o caso de dois “contos
                do vigário” que lesaram idosos no valor de 7.500
                euros. O primeiro caso ocorreu no dia 6 de Dezembro quando um
                homem de 73 anos de idade foi abordado na cidade de Pombal por
                um outro, aparentando entre os 40 e os 50 anos de idade, “o
                qual lhe perguntou se conhecia uma determinada pessoa naquela
                urbe, ao que o mesmo respondeu negativamente”. Posteriormente “e
                na sequência do plano anteriormente preparado”, surgiram
                outros dois indivíduos “tendo sido questionados
                sobre a mesma pergunta ao que estes, como é evidente,
              responderam negativamente”, refere a PSP. 
              DE ACORDO com um comunicado do Comando Distrital da PSP de Leiria, “na
                sequência do plano, um destes suspeitos perguntou se não
                queriam ir à cidade de Leiria entregar dinheiro ao hospital
                de doenças de cancro na importância de 20 mil escudos,
                tendo todos concordado, inclusive a vítima, tendose por
                isso deslocado num veículo ligeiro de passageiros pertencente
                aos suspeitos. Chegados à cidade de Leiria, um dos suspeitos
                dirigiu-se a uma instituição bancária, tendo
                levantado uma certa quantia em dinheiro, cuja importância
                se desconhece, trazendo-a num envelope e mostrou-a ao denunciante.
                De seguida, foi a vez do queixoso ir levantar dinheiro tendo
                sido acompanhado por um dos suspeitos que ficou à porta
                da instituição bancária enquanto o lesado
                levantava a quantia de 4.000 euros, contudo, foi informado antecipadamente
                por um dos suspeitos que, se no banco lhe perguntassem para que
                se destinava tal dinheiro, este informaria que era para fazer
                obras em casa”. 
              “APÓS O levantamento do dinheiro por parte do queixoso,
                os suspeitos e o lesado reuniram- se no exterior e, um dos suspeitos
                sugeriu colocar o dinheiro de todos numa bolsa (nylon, de cor
                preta) e ir entregálo ao referido hospital. Naquele momento
                houve uma troca de bolsas não visualizada pelo lesado,
                sendo certo que estes entregaram a bolsa (supostamente única) à vítima
                a fim desta se deslocar e entregar a mesma no hospital”,
                continua o relato elaborado pela PSP. Entretanto “dois
                dos suspeitos, abandonaram o local na viatura, enquanto que um
                terceiro suspeito acompanhou o lesado por uma artéria,
                tendo dito para ele seguir pela mesma que ele (suspeito) ia por
                outra, porque o hospital era ali perto. Chegado ao fim da rua,
                cansado de esperar por um dos suspeitos, a vítima resolveu
                abrir a referida bolsa constatando que no seu interior só se
                encontravam papéis. Quanto aos suspeitos nunca mais os
                viu, bem como a PSP não os conseguiu interceptar apesar
                das diligências levadas a cabo para esse efeito”,
                conclui o comunicado policial. 
              O SEGUNDO CASO ocorreu no dia 13, quando um homem de 71 anos
                de idade também foi abordado por um indivíduo,
                aparentando ter 50 anos de idade, o qual lhe perguntou se conhecia
                uma determinada pessoa. “Posteriormente e na sequência
                do plano anteriormente preparado, apareceu mais um indivíduo
                aparentando ter 55 anos de idade, tendo sido questionado sobre
                a mesma pergunta ao que este, respondeu afirmativamente, mas
                que já tinha falecido. Na sequência do plano, o
                primeiro suspeito referiu que o seu pai era de Vilar Formoso
                e se encontrava muito doente (com cancro) e que pretendia doar
                a importância de 20.000 euros a essa pessoa da cidade de
                Pombal, para este distribuir pelas pessoas carenciadas. Como
                essa pessoa amiga do seu pai, já tinha falecido, o suspeito
                sugeriu entregar o dinheiro ao lesado e ao segundo suspeito,
                mas precisava de garantias que eles tinham dinheiro”, refere
                o Comando Distrital da PSP em comunicado. O documento acrescenta
                que “perante o facto, o segundo suspeito dirigiu-se a uma
                instituição bancária, tendo levantado uma
                certa quantia em dinheiro, cuja importância se desconhece,
                trazendo-a num embrulho. De seguida, foi a vez do queixoso ir
                levantar a quantia de 3.500 euros. Após o levantamento
                do dinheiro, os suspeitos e o lesado reuniram-se no exterior
                e o suspeito que queria doar o dinheiro, afirmou ser preciso
                duas folhas de 25 linhas”. 
              SEGUNDO a PSP, “o segundo suspeito foi comprar uma, enquanto
                os dois aguardavam. De seguida, foi o lesado comprar uma folha
                e deu o dinheiro aos suspeitos, tendo estes de imediato se deslocado
                para parte incerta. O queixoso, chegado ao local verificou que
                os indivíduos já não se encontravam lá,
                apercebendo-se que tinha sido burlado”. 
              
                  
                  
                  (in Notícias do Centro)